24/01/09

Respirar ar puro


Castro Laboreiro na edição on-line do Jornal de Notícias de 24/01/2009.

23/01/09

A Birra do Defensor


Sejamos claros, objectivos e rigorosos: - Defensor Moura foi e é o melhor Presidente da Câmara que Viana do Castelo teve desde, pelo menos, o 25 de Abrl de 1974. Quem não seja comprometido politicamente e tenha o mínimo de ombridade e honestidade intelectual facilmente o reconhece. Por isso mesmo, por ser um Presidente de Câmara inteligente, proactivo, assertivo, não é fácil de entender a "birra" que criou à volta da integração do Município de Viana na Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima!
Reduzida ao essencial, a questão traduz-se no seguinte: - Para melhor aplicar os financiamentos provenientes da União Europeia e que se encontram inscritos no chamado QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) o Governo ditou que os 308 municípios portugueses tinham de se integrar em Comunidades Intermunicipais, o que, diga-se em abono da verdade, faz todo o sentido, na medida em que grande parte dos projectos e investimentos que podem recorrer aos ditos financiamentos, serão, naturalmente, transmunicipais.
Para tanto, em 27 de Agosto de 2008 a Lei n.º 45/2008, estabeleceu o regime jurídico do associativismo municipal, associativismo esse que passa por vária formas, designadamente, pelas chamadas Comunidades Intermunicipais. Sobre estas, e entre outras coisa, dispõe o referido diploma legal que o Conselho Executivo é formado pelos Presidentes das Câmaras do Municípios integrantes que elegem entre si um Presidente e dois Vice-Presidentes.
Pois é neste ponto onde dói ao Dr. Moura. Segundo ele a representação neste órgão executivo deveria ser proporcional à população de cada Município, o que como facilmente se vê colocaria Viana numa posição dominante relativamente aos outros concelhos do distrito, uma vez que em termos demográficos nenhum deles se aproxima sequer aos calcanhares de Viana. Assim como está, a cada Município corresponde um voto e por isso mesmo será necessária que todos colaborem de forma franca e aberta e se atinjam consensos sobre os investimentos a fazer no distrito; sendo que quanto mais unidos e colaborantes se mostrarem, melhor será, não só para a boa gente que vive no concelho de Viana como para todos os outros residentes nos concelhos do Alto-Minho.
Para quem pense que a tese do Dr. Moura, faz algum sentido ou possui alguma utilidade, basta atentar neste facto: - Dos 308 municípios do país nenhum deles encontrou qualquer entrave nesta questão da representatividade no Conselho Executivo das CIM! Nenhum à excepção de Viana! Nem os grandes municípios de Lisboa e Porto, nem os municípios de média/alta dimensão como Braga ou Aveiro se puseram a espingardar que os pobres coitados de Baião, Amares ou Ílhavo não merecem a mesma representatividade no dito órgão! "Nenhunzinho"! O único e orgulhosamente só, foi mesmo o Dr. Moura, que pensa que os Melgacenses ou os Courenses não são gente que mereça mandar tanto como os Vianenses. É uma tese egoísta e ensimesmada a do Dr. Moura, e mesmo anacrónica neste tempo em que cada vez mais os valores da união e da solidariedade são determinantes para enfrentar um futuro cada vez mais incerto.
Bom! Em função disto o Dr. Moura, convicto da razoabilidade da sua tese operou de forma a que a Assembleia Municipal de Viana deliberasse no sentido de não aprovar a integração do Município na CIM (Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima), entretanto constituída pelos restantes Municípios do Distrito. Vai daí, a oposição na Assembleia Municipal, julgo que terá sido o PSD, propôs a realização de um referendo municipal por forma a que os Vianenses, directamente, escolhessem se pretendem ou não integrar a CIM. O Dr. Moura aceitou o referendo mas fez "birra" dizendo que se os Vianenses optassem pela integração ele se demitiria da Presidência da Câmara.
Este referendo vai realizar-se no próximo domingo dia 25 de Janeiro e a posição favorável à integração tem sido defendida por um Movimento de Cidadãos Vianenses que criaram uma plataforma designada Naturalmente CIM, por via da qual têm dinamizado uma campanha cuja a palavra de ordem é "SIM É NATURAL".
Eu não sou Vianense, sou Castrejo e como tal Melgacense, nasci e criei-me numa das terras mais ásperas do Distrito de Viana e embora já não resida há muitos anos na minha querida terra natal, nunca ninguém ouviu nem ouvirá da minha boca outra resposta à pergunta "donde és?", que não seja: -Sou de Castro Laboreiro, sou do Alto Minho.
E é como todo esse orgulho de ser Alto-Minhoto, com a consciência plena de que quando estou em qualquer aldeia, vila ou cidade dessa nossa terra amada, me sinto na minha pátria priomordial, rodeado pela minha gente, que daqui, deste meu modesto Blog, faço dois despretensiosos apelos:
- O primeiro, a todos os meus amigos Vianenses (que são uns privilegiados pois habitam na cidade mais bonita de Portugal!) para votarem SIM, porque é mesmo Natural!
-Ao Dr. Defensor Moura, para que, caso ganhe o SIM no referendo, reconsidere a sua posição e não se demita, pois como comecei por dizer não tenho a menor dúvida que é um dos melhores, mais probos e diligentes autarcas portugueses e por isso a sua demissão não só lesaria profundamente os interesses de Viana como da própria Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima.

21/01/09

Telefonei pra Tóquio só pra te ouvir cantar


João Aguardela (1969-2009)

Morre-se sempre um pouco, quando morrem as pessoas que nos fizeram sentir felizes.

Adeus João. Até mais ver.

14/01/09

Gaza?

Dirty Harry. Gorillaz

04/01/09

Estrada para Castro Laboreiro

Estrada da Montanha. Madredeus e a Banda Cósmica.

«(...) o azul profundo do mar (...)» é que talvez acabe por não bater certo!?

Num tempo em que somos, cada vez mais, uma colónia cultural anglo-saxónica, é um privilégio poder ouvir, ver e usufruir, uma canção como esta, que, tão simplesmente, contém em si mesma toda a beleza e singularidade do "universo" português: - De Castro Laboreiro a Cabo Verde, passando pela Baía de Luanda ou pela Ilha de Moçambique e, daí, até às mais rebuscadas esquinas do mundo...

Uma verdadeira e inestimável jóia portuguesa!