22/12/09

Feliz Natal

«Caminha placidamente por entre o ruído e a pressa, e lembra-te da paz que existe no silêncio. Tenta, na medida do possível, estar de bem com todos. Exprime a tua verdade com tranquilidade e clareza. Escuta quem te rodeia, inclusive as pessoas desinteressantes e incultas; também elas têm uma história para contar.
Evita gente conflituosa e agressiva que tanto mal faz ao espírito. Se te comparares com os outros poderás tornar-te amargo ou arrogante, pois haverá sempre alguém melhor e pior que tu. Regozija-te com as tuas conquistas e os teus projectos. Mantém vivo o interesse pela tua carreira por mais humilde que seja; é um verdadeiro bem, nesta época de constante mudança. Sê prudente nos teus negócios – o mundo está cheio de armadilhas. Mas não feches os olhos à virtude que existe em teu redor, nem às pessoas que defendem os seus ideais e lutam por valores mais altos – a vida está cheia de heroísmo.
Sê tu próprio. Acima de tudo, não sejas falso, nem cínico em relação ao amor que, face a tanta aridez e desencanto, se mantêm perene como uma haste de erva. Aceita com serenidade a passagem do tempo, sabendo deixar graciosamente para trás as coisas da juventude. Cultiva a força de espírito, para te protegeres de azares inesperados. Mas não te atormentes a imaginar o pior. Muitos medos nascem do cansaço e da solidão. Mantém uma autodisciplina saudável mas sê benevolente contigo mesmo.
És um filho do Universo, como as árvores e as estrelas. Tens todo o direito ao teu lugar no mundo. Poderá não ser claro para ti, mas a verdade é que o Universo está a evoluir como previsto. É importante, assim, que estejas em paz com Deus, seja qual for a tua concepção d’Ele, e em paz com a tua alma, sejam quais forem os teus anseios e aspirações no ruidoso tumulto da vida. Apesar de todos os enganos, dificuldades e desilusões, vivemos num mundo bonito. Alegra-te. Luta pela tua felicidade.»


Desiderata, Max Ehrmann, 1927

10/11/09

A beleza do efêmero ou a guerra segundo Kseniya Simonova



O meu problema é a grave inexistência de adjectivos!

03/11/09

O Som do Lobo.

Schizophrenia. Sister (1987). Sonic Youth.

Saído lá do fundo dos tempos este é um som digno do Lobo. Afinal foi ele quem me ensinou a gostar deste "Som da Frente", numa noite não dormida, bem bebida e mal esquecida, algures, no Inverno de 1988.

Obrigado Lobo! É impossível esquecer-te.

02/11/09

A Hora do Lobo


Foi ontem, a última hora do lobo.

31/10/09

E então?

So What. Miles Davies and John Coltrane. Abril de 1959

23/10/09

A Essência do Século XX

Forbidden colors. Ryuichi Sakamoto.

13/10/09

A cajata e a corneta

Quanto às eleições autárquicas em Castro Laboreiro, ando um bocado confuso! Não quanto aos resultados porque aí não há dúvidas! A lista apresentada pelo Partido Socialista ganhou-as com mais de 60% dos votos, conforme é habitual e seria de esperar.

O que me trás surpreendido é um boato que me chegou aos ouvidos e que se traduz no facto de, após a contagem dos votos, o cabeça de lista para a Junta/Assembleia de Freguesia pelo Partido Social Democrata, ter utilizado uma cajata para agredir ou tentar agredir um apoiante da lista do Partido Socialista que celebrava a vitória do seu Partido tocando corneta!

Digo desde já que não acredito em tal boato! Não é possível que o dito candidato do Partido Social Democrata, pessoa conhecida e reconhecida em Castro Laboreiro, tenha assumido, entre Castrejos, tão reles atitude! É que ameaçar, agredir ou tentar agredir com um pau (cajata) uma pessoa que está a tocar corneta e que por isso mesmo, para se defender, só possui tão ineficaz instrumento, é matéria lírico-romanesca que até pode dar para contos "a la Aquilino Ribeiro", mas que, a verificar-se, tal como aparentemente aconteceu, não passa de uma atitude da mais baixa e soez cobardia!

Sem me querer armar em moralista, coisa que nunca fui e dificilmente virei a ser, sempre direi que aquilo que distingue um DEMOCRATA de um GRUNHO é a capacidade de aceitar e assumir a derrota.

09/10/09

Longe demais...

Xana, Flack, Rádio Macau... Há uns quantos entre vocês que ainda sabem do que estou a falar!

04/09/09

As cócegas do anjo.

Michael Nyman (OST-The Piano): - "The heart asks the pleasure first"

Outro dia obrigaram-me a ver o homem que escreveu esta música, a tocá-la! E não foi preciso ir a Paris, Londres, Barcelona ou sequer a Lisboa, o que já de si é coisa verdadeiramente rara! Vi-o ali em Vila Nova de Cerveira, e foi, realmente, uma experiência única!

Não sei se foi dos copos manhosos e borbulhantes que emborquei antes (teve de ser, porque durante não me quiseram deixar!) ou depois do concerto; mas por muito barroco que pareça, deu-me a sincera impressão que este tipo está habituado a fazer cócegas aos anjos e os ditos gostam!

Ora ouçam...

03/07/09

Hard Jackson,

No meio de tanta algazarra, só faltou mesmo (olha a modéstia!) a minha homenagem ao falecido Michael Jackson! É devida tal homenagem, sem dúvida! É tão devida ao dito artista, como o é a todos os seres humanos que, de uma forma real ou virtual, se têm vindo a cruzar comigo neste sinuoso e deslumbrante mistério a que chamo "a minha vida".

Já o disse aqui: - "Todos morremos um pouco quando morre alguém que nos fez sentir felizes"! E penso ser mesmo assim! Mais! Conforme vou entrando na crise da "meia idade" cada vez mais pressinto, e sinto, o inapreciável valor da vida de todos aqueles que, de uma forma ou de outra me rodeiam! É por isso, que embora não aprecie grandemente a música do "rei da pop" aqui faço questão de o homenagear!

Congruente com os meus gostos musicais, escolhi esta versão do "Billie Jean" interpretada por uma das mais fascinantes vozes da actualidade e que descende espiritualmente dos anos 70: - Chris Cornell, vocalista e mentor dos Soundgarden, por muitos considerados os "pontas de lança" do movimento "grunge"; posteriormente, criador e vocalista, dos Audioslave e actualmente, tanto quanto sei, um freelancer.

Pois então aqui vai, para vosso proveito.

29/06/09

O resultado da sondagem

Ora bem, conforme sabem estava aqui mesmo ao lado a correr uma sondagem sobre a elevação do lugar da "Bila" a Vila, facto que se veio a consumar no passado dia 12/06/2009.

Foram 28 os visitantes deste modesto Blog que se dignaram a votar em tal sondagem, aos quais desde já agradeço. Destes, 19, ou seja 67%, votaram "Sim", ou seja a favor da dita elevação; 6, ou seja 21% votaram "Não", e 3, ou seja 10%, votaram no "Tanto me faz".

Bom, perante este resultados, só se me oferece dizer que, se a posição dos que votaram "Tanto me faz" ainda dá para entender, visto que, tal elevação, em termos muito realistas e até onde é possível antever, não parece que venha a trazer muitos ou significativos benefícios para a Freguesia, já a ideia dos que votaram "Não" é mais díficil de perscrutar! É que se, tal como já se disse, as perspectivas de a terra vir beneficiar com tal elevação não são muito expressivas, o que é certo que a aquisição do tal estatuto de "Vila" em nada pode prejudicar tanto a "Bila" como a restante freguesia! E se é assim, o que é que pode justificar o voto no "Não"? Só se for por "carrassismo", ou pilhéria! Non?

19/06/09

A "Bila" já é Vila


A notícia é já um tanto ou quanto recessa, mas não posso deixar de aqui orgulhosamente assinalar, até para memória futura, que no passado dia 12/06/2009, faz hoje precisamente 8 dias, a Assembleia da República Portuguesa, por via de deliberação unánime, elevou, melhor dizendo, devolveu a dignidade de Vila à povoação que foi a antiga sede do extinto concelho de Castro Laboreiro, povoação essa que desde tempos imemoriais e até aos dias de hoje sempre foi chamada, pura e simplesmente, de "A Vila", ou se quiserem "A Bila", na fala castreja.

Por isso, meus caros amigos, quem ainda não conhece tão ilustre, antiga e agora renovada Vila do Reino de Portugal e agora da República Portuguesa, tem aqui um belíssimo pretexto para o fazer. Serão, como sempre, muito benvindos.

27/05/09

Visca el Barça!


Gosto muito de Barcelona! Gosto de me perder no Barri Gotic, de "pasmar" na Catedral ou na Nossa Senhora del Pi, de deambular pelo Carrer del Bisbe, de aspirar os absurdos e intrincados perfumes da La Boqueria, de me deslumbrar nas Ramblas ou na eterna e inacabada Sagrada Família, ou então no Porto, no Teatro do Liceo, no Parque Guell, no Palau de la Music... Enfim, gosto muito, mesmo muito, da personalidade, nobre, altiva e exótica, desta estranha, femenina e pouco menos única, cidade-nação.
Claro que estimar esta velha urbe implica, necessariamente, conhecer, e sobretudo "puxar" pelo seu ilustre clube de futebol: - O lendário "Barça", que acaba de vencer a Taça dos Campeões Europeus, passando um atestado de vulgaridade ao adversário, por força de uns categóricos 2-0.
Neste clube, entre outras e variadas coisas, o que há de estranhamente original (quando comparada com equipas congenêres) é o facto de, o peito dos jogadores e, por isso mesmo, o peito da cidade-nação que representam, não estar à venda! E isto porque foi dado às crianças pobres, exploradas e espoliadas do mundo e à organização que acima de todas as outras as procura cuidar e proteger: - a UNICEF.
Depois, o astro maior desta equipa é, conjunturalmente, um anti-herói! E isso também é curioso e interessante! Não se trata de um tipo alto e espadaúdo, gingão, cheio de si e da sua presumivel importância! Não! Trata-se de um tipo simples e baixinho, que acha que os brincos, tatuagens e cortes de cabelo esquisitos só ficam bem aos colegas! Sabe-se até que, este simplório chamado Leonel Messi, antes do jogos e para se inspirar ouve no seu mp3, vejam lá a suprema parolice: -Cumbias colombianas!
Pois bem! Este clube improvável, desta cidade improvável, com o humilde e sereno contributo deste jogador improvável, acabou de ganhar a sua terceira Taça dos Campeões Europeus, sendo que, por isso, nada há mais para dizer senão:
-VISCA EL BARÇA

23/05/09

Horríveis apertos

No comments e ... grandes e apertados abraços para toda a minha gente de Castro Laboreiro, sobretudo para aqueles a quem esta música diz algo!

16/05/09

Sem tecto

No Ceiling, Eddie Vedder, Banda sonora do filme Into the Wild, baseado na extraordinária vida de Christopher McCandless , realizado por Sean Penn, 2007.

Agora mesmo, depois de ver este estranho filme, fiquei um tanto ou quanto paralítico das ideias, e por isso, sorte a vossa, não vou extrapolar interpretações pretensamente eruditas sobre a música, o filme, o protagonista e quejandos...

É duro! Já sei! Não terem vislumbre da minha esclarecida opinião! Mas não se acagacem! Vejam com urgência o filme se vos vier à mão! Alguns de vós, rapazes e "rapazas" nascidos lá para os finais dos anos 60 princípios dos 70 do século passado, vão certamente entendê-lo.

12/05/09

Surreal

The Zoomquilt II é uma espantosa obra de arte surrealista produzida em flash. Ei-la aqui. Vejam como o mórbido e o macabro também podem ser estranhamente belos. Ah! também podem descarregar gratuita e legalmente o "screensaver".

Vejam de "prego a fundo" e ...bons sonhos.

07/05/09

VOTAREMOS EM SI!

Manuel Fernandes Ramos dos Santos (MFRS) é um vereador eleito pelo PSD para a Câmara Municipal de Melgaço e tanto quanto pude saber, irá ser o candidato do PSD para a presidência desse mesmo órgão municipal nas próximas eleições autárquicas.
Este tal MFRS que não tem a infelicidade de ser Castrejo ou sequer Melgacense (embora não seja um estranho em Castro Laboreiro, uma vez que se encontra casado com uma natural da nossa terra), proferiu, tal como aqui se pode ver, as seguintes declarações na Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Melgaço, ocorrida no passado dia 06/04/2009:
«(…) Teve conhecimento que existe um Projecto-Lei que propõe a elevação de Castro Laboreiro a Vila. Pergunta se os órgãos autárquicos não deveriam ter sido ouvidos. Pergunta ainda se esta proposta é fruto de uma reivindicação dos castrejos. Salienta ainda que embora a proposta esteja enquadrada legalmente, os pressupostos apresentados são muito frágeis: a Actividade das Associações é muito reduzida, não existem agências bancárias, escolas, posto de saúde (o que existe não faz parte da rede nacional), em termos de transportes públicos só existe uma carreira. Existirá dinamismo suficiente para Castro Laboreiro ser efectivamente uma Vila? (…)».
Conforme se retira da Acta da Reunião em causa, perante esta estimulante intervenção do MFRS, o Presidente da Câmara, laconicamente, replicou nos seguintes termos:
«(…) O processo de elevação de Castro Laboreiro a Vila pode ser útil a Castro Laboreiro. Por possuir um património histórico, cultural e ambiental, Castro Laboreiro merece ter a mesma igualdade de oportunidades que o Soajo. Os órgãos autárquicos irão ser ouvidos sobre esta matéria por imposição legal. (...)»
Grande MFRS, magnífica intervenção! Fiquei deslumbrado não só com a profundidade intelectual da sua opinião, mas sobretudo com a oportunidade da mesma! Pode-se mesmo dizer que fiquei banzo! O meu amigo é uma verdadeira luminária política! Aqui lhe apresento, enquanto eleitor nado e criado em Castro Laboreiro, os meus agradecimentos pelas suas tão assertivas e proactivas palavras sobre a possível elevação do Lugar da Vila a Vila. Espero, melhor dito, tenho a certeza que manterá a sua coerência e, por isso, quando, tal como disse o Presidente da Câmara, os órgãos autárquicos sejam, por imposição legal, ouvidos sobre esta matéria, o meu amigo fará constar claramente a sua fulgurante opinião no documento que for produzido pelo órgão a que pertence! Não se contenha! Para além dos doutos argumentos que já expendeu na dita reunião, outros há, ainda mais propícios e adequados, para rebaixar Castro Laboreiro e menorizar as (pouco dinâmicas) pessoas que têm a subida e inescrutável honra de serem seus vizinhos (ao fim de semana!).
Continue, portanto e por obséquio, a avaliar, não só este mas todos os outros assuntos relacionados com Castro Laboreiro, à luz da sua arrasadora inteligência política, pois que a mim e, por certo, a outros mais, já nos convenceu: -VOTAREMOS EM SI, melhor dito, teremos o privilégio, de, com o nosso humilde voto, guinda-lo à condução dos destinos do Município de Melgaço e até quiçá, a outros mais subidos e honrosos voos, pois quem pensa e opina de forma tão brilhante e altaneira, merece rapidamente ultrapassar os confrangedores espartilhos da mera liderança autárquica, para poder esvoaçar, direi mesmo planar, livremente até aos mais elevados poisos políticos da Nação.

Bem haja.

05/05/09

Gente da mesma "Naçom"

Aqui vai música dos tocadores de concertina de Olelas e do Ribeiro de Baixo debitada no passado mês de Agosto de 2008 na Festa de Olelas.

Entre Olelas, situada no Município de Terrachán-Entrimo (Galiza) e o Ribeiro de Baixo, situado na freguesia de Castro Laboreiro (Melgaço -Portugal) fluie o Rio Laboreiro que neste ponto é tão só, e muito provavelmente, a fronteira, fluvial e política, mais antiga da Europa.

Estando quietinhos a ouvi-los tocar, ninguém diria que aqui "hai" gente de "dous" países! Pelo contrário! É "bô" de "ber" que gente que toca "assi", como se sempre tivesse tocado junta, é gente da mesma naçom!

04/05/09

Um ninho de "carriça"


Vasco Granja (1925-2009)

Quando a televisão era um objecto sossegado e bicromático, este senhor, com a sua voz terna e calma, e o sorriso - sábio e amalandrado -, de quem acabou de descobrir um ninho de "carriça", povoou de cores, de sonhos e de fantasia, o território sempre feliz da minha (nossa) infância.
Apesar disso, nunca, nas histéricas e sofregamente consumistas televisões actuais, lhe foi concedida (a ele e aos seus filmezinhos de animação exóticos, polvilhados de mensagens puras, singelas e quase sempre pacifistas) uma milésima de espaço! É! Para os modernos e lucrativos gestores dos canais de televisão nacionais, o pobre do Vasco Granja mais os seus filmes Checos, Canadianos e Polacos, deve ter merecido a mesma consideração que merece um sapato velho e bolorento que deixamos esquecidos nos obscuros confins de um desprezado armário.
Hoje, quando os meus alvoraçados filhotes me sentaram e se enroscaram em mim para ouvirem o conto que todas as noites, antes de irem dormir, lhes leio, a primeira sílaba da primeira palavra da primeira frase, soou estranhamente calma e terna, como se tivesse sido dita por uma criança sábia que acabou de descobrir um ninho de "carriça".

01/05/09

Quem te quebrou o encanto nunca te amou.

Zeca Afonso (original), Madredeus ao vivo em Bruxelas,1995

28/04/09

A erecção da "Bila"

Se clicarem aqui irão encontrar um Projecto de Lei do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, datado do passado dia 12 de Março, por via do qual se pretende elevar, ou ereger, diria eu, (sic) «(...) à categoria de Vila Castro Laboreiro, situado na área do município de Melgaço, distrito de Viana do Castelo»

Que dizer desta generosa e galvanizante proposta dos deputados do Partido Socialista e dos seus fundamentos?

Dando vazão àquele sentimento tão intrinsecamente Castrejo que se traduz em logo dizer mal de toda e qualquer iniciativa pública ou privada, importa dizer que o dito Projecto de Lei enferma da utilização indevida de uma figura de estilo, tecnicamente designada por metonímia ou, mais precisamente, por uma variante da metonímia designada por sinédoque. Isto porque, tal como é habitual acontecer em muitas outras situações, os autores do Projecto de Lei confundem a parte com o todo, melhor dito, confundem o Lugar (Aldeia) da "Bila" com o todo que é Castro Laboreiro. Pois! É que Castro Laboreiro é composto por 41 lugares para além da "Bila" e por isso dificilmente se poderá ereger ou elevar Castro Laboreiro a Vila!

Confusos? Não há motivos para isso! Eu, aqui dos píncaros da minha curta ciência, vou tentar explicar melhor: - O antiquíssimo topónimo "Castro Laboreiro", cuja origem não é pacífica (existem, tanto quanto sei, pelo menos 3 teorias para o explicar) é, nos dias de hoje, e primeiro que tudo, uma designação administrativa e por isso mesmo territorial, ou seja, o mencionado topónimo designa, desde logo, uma Freguesia (até 1855, um Concelho) e por essa via um território cujas fronteiras estão delimitadas desde a Baixa Idade Média; por outro lado o topónimo encontra-se historicamente associado ao principal aglomerado populacional do território que também foi a sede do antigo concelho, ou seja ao lugar, ou melhor dito, à Aldeia da Vila ou "Bila" como por aqui se diz, sendo que por isso se chama à dita Aldeia, a Vila de Castro laboreiro. Ora, os bem intencionados deputados misturam flagrantemente as duas coisas uma vez que o que pretendem é elevar à dignidade de Vila, não já Castro Laboreiro mas antes e tão só a antiga Vila, ou "Bila", de Castro Laboreiro.

À parte estes pormenores estilísticos que têm o valor que têm, mas que denotam um certo desconhecimento de causa, o que se me oferece dizer é que o tal Projecto-Lei, a materializar-se numa Lei da Assembleia da República (coisa que ainda falta ver, pois que, pelo que parece, no caso da Vila de Castro Laboreiro não se verificam todas as condições legais de que a Lei n.º 11/82 faz depender a elevação das Aldeias em Vilas) será tão só a consagração simbólica de uma realidade sobejamente imbricada no inconsciente colectivo dos Castrejos, pois para estes a "Bila" nunca deixou de ser uma Vila, motivo pelo qual e como é óbvio, nunca a Aldeia em questão mereceu outra designação, passe a redundância, que não fosse a de "Bila".

Os efeitos práticos e úteis desta preconizada "elevação" não serão contudo despeciendos, uma vez que qualquer focalização ou refocalização mediática, que haverá de vir no caso da "elevação" se concretizar, será sempre útil para uma terra cuja a economia se sustenta cada vez mais e quase exclusivamente no turismo, motivo pelo qual é devida gratidão aos Deputados que avançaram com este Projecto de Lei.

Questão diferente e que gostaria de colocar aos Deputados não só do PS mas de todos os outros Grupos Parlamentares é a questão da manutenção da Freguesia de Castro Laboreiro numa futura reforma administrativa do estado que, diga-se, por ser matéria melindrosa, tem vindo a ser permanentemente adiada, mas que por certo irá ser levada a cabo nos próximos anos. É que no pior dos cenários poderemos vir a ficar com uma Vila mas sem uma Freguesia. Mas isso são contas de outro rosário...

26/04/09

Não foi bem assim!?



Capitães de Abril, Maria de Medeiros

Não foi bem assim pois não? Mas poderia ou deveria ter sido!

Biba a liberdade carago!

17/04/09

King of Dogs

Numa lojeca virtual chamada ZAZZLE o cão da nossa terra está na moda! Ele há t-shirts:





Saquetas e canecas:


Gravatas, alfinetes e outras e diversas coisas, aparatos e mixórdias que nem o arrenegado se haveria de lembrar!

Um belo exemplo de empreendedorismo hã! Mas porque raio não foi um castrejo a lembrar-se disto éh?

Que se "cosa", bou é comprar, ó menos, uma gravata pra ir os casamentos agora pela altura do "Beran"! Bou botar um figuraço carago! Non bai haber outro tan pinpon coma mim!

14/04/09

Não! Não conto como foi!

Eu sei que, quem viu, quer saber como foi!

Contudo, estes aprazíveis dias pascais, passados lá na terrinha, foram de suplício! Fartei-me de indicar onde foram as filmagens do "conta-me como foi"! Fartei-me de dizer e de responder que não! Que em Castro nunca se morreu assim; e que, há trinta e tal anos atrás, o bom povo de Castro Laboreiro não dispunha de uma "sentina", onde, pobres e insalubres crianças de 10 anos (ou isso) faziam as suas necessidades!

Não! Tal buraco nunca existiu! Fora da escola primária!

27/03/09

A casa que ardeu na primavera

Busco e rebusco, no alforge das nossas vidas, as palavras da nossa infinita e inconsequente tristeza. Mas paro por aí! Aquele velho pudor tão castrejo, aquela singela e tão lapidada nobreza de sentimentos, legada por gerações e gerações de mulheres e homens que fizeram desta terra áspera o seu berço, não deixam, felizmente, que me desdobre em banais e risíveis lamúrias poéticas.

Há, contudo, uma casa que ardeu na primavera. Uma casa de uma nossa "bezinha" das Coriscadas! Uma "bezinha" que não é uma "bezinha" qualquer! É uma respeitada e querida senhora, melhor dito na nossa fala: -uma "Tia", com mais de 70 anos plenos de uma esforçada e sofrida vida.

O que sentirá uma mulher (viúva há muitos, demasiados, anos!) que, de repente, após 70 longos anos, num brutal e estarrecedor incêndio de primavera, vê a casa da sua vida desvanecer-se em faúlhas?

Não sou capaz de saber! Embora consiga imaginar o feroz reflexo das labaredas nos olhos infinitamente tristes desta minha "bezinha", não vejo nem sinto, embora pressinta, a dor perplexa dos despojados. Não o despojo material, pois a esse nível, tenho a absoluta certeza que nada lhe faltará, tendo o filho que tem; mas antes a dor de quem se vê irremediavelmente despojada da suas queridas e insubstituíveis memórias.

Falham-me as palavras. Não me apetece escrever mais!

07/03/09

Arromba até ao outro lado

Vocês sabem que eu procuro não ser muito exibicionista?!

Porém, hoje à noite só me apetece ouvir isto! Que hei-de fazer?! Os anacrónicos acordes iniciais do "baixo", misturados com as teclas, barrocas e californianas, provocam-me uma reacção tão "pavloviana" que até já sinto, e coço, os incomodativos e enxovalhantes pruridos da acne!

Ah! Já agora não se esqueçam de descobrir quem é o vocalista (não é nada díficil e a vossa cultura geral agradece!)

28/02/09

Um arrepio nas costas

Vou dizer-vos a verdade: - Sou um tipo cá de cima! Por isso nunca pensei (sobranceria minha!) que os melancólicos cantares e os tristonhos trinados das guitarras de Lisboa fossem compagináveis com os hábitos ou com as gentes e, muito menos, com as velhas pedras de Castro Laboreiro!

Pois enganei-me e é por isso que agora estou aqui! - Meio aparvalhado; com um nó na garganta e um arrepio nas costas!



Montagem: Xoan Arcodavella

Música: Mariza (a chuva)

21/02/09

A igreja

A velhíssima igreja de Castro Laboreiro (embora a sua actual configuração seja fruto da reconstrução a que foi sujeita entre 1775 a 1785, a sua fundação remonta provavelmente ao Séc. X, senão a época anterior!) vista de um modo que só um galego a poderia ver:



Autor: Xoan Arco da Vella

Obrigado Xoan. Deus tch'abençoue.

20/02/09

Entroido



Cá estamos nós de nobo no Entroido! Así que: - Ala farrangalheiros! A debertir-se!

15/02/09

The killer in me is a killer in you


A minha mulher flanou displicentemente aqui pelo "Blog" e disse-me que: - Lulas! Ainda que sejam à Castro Laboreiro não têm nada ver com o dia dos namorados!

E vai daí, não se coibiu de me dizer que, para honrar o tal dia dos namorados, deveria colocar no Blog a música do nosso "engate"!

Eu disse-lhe que não! Que a musiqueta em questão embora seja extremamente untuosa para nós dois, não merece, dado o tema incidir sobre uma criança excêntrica, ser seleccionada para banda sonora do dia dos namorados.

Ela, que nunca foi forte no inglês, disse que sim! Que tinha tudo a ver! Que a letra é perfeita! Que "The killer in me is a killer in you!" é a definição perfeita do casamento!

Perante esta boca, recriminei-me, uma vez mais, por ter casado com uma mulher sedutora e inteligente (são chatíssimas e inevitáveis!); e, sem pachorra, nem convicção para contradizer, aqui vos deixo a musiqueta em apreço:


Disarm. Smashing Pumpkins.

14/02/09

Lulas recheadas à Laboreiro


Ora aqui vai uma receita "mui própria" para o dia dos namorados:
-6 lulas
-75 gr. de manteiga
-2 tomates
-1 ramo de salsa
-2 colheres de pão ralado
-2 colheres de farinha
-1 decilitro de molho espanhol
-1 decilitro de azeite
-1 decilitro de vinho branco
-1 cenoura
-1 limão
-3 cebolas
Pica-se metade das cebolas acima mencionadas e refogam-se no azeite. Em seguida, juntam-se ao refogado o tomate picado, sem peles nem sementes, os tentáculos das lulas (picados), a farinha e o pão. Mexe-se tudo bem e tempera-se com sal e pimenta, devendo ferver por espaço de 5 minutos.
Enchem-se as lulas com este preparo, cosem-se-lhes as aberturas com (...) o resto da cebola e a cenoura cortada às rodelas, folhas de louro, pés de salsa e colocam-se-lhe as lulas em cima (do preparo restante). Picam-se estas com uma agulha para que não rebentem, tapam-se e levam-se a cozer em lume moderado.
Quando as lulas estiverem enxutas, regam-se com vinho branco e molho espanhol e, depois de cozidas, passa-se o molho, no qual se conservam até ao momento de se servirem.
Adiciona-se o sumo de limão acima indicado e, servem-se, dentro de prato coberto, polvilhadas com salsa picada.»
E agora lá vem a sacrossanta pergunta: - O que é que as lulas têm a ver com Castro Laboreiro? Porque "carvalhos" existe uma receita de lulas designada "à laboreiro"?
Eu digo: - A receita embora seja designada "Lulas recheadas à Laboreiro", nada tem a ver com Castro Laboreiro! Nada mesmo! Nem sequer o recheio! Pois nem sequer neste se detecta o mais leve resquício do oloroso e salivante presuntinho ou dos célebres e capitosos fumados da nossa abençoada terra, que por certo lhe ficariam bem!
Então de onde provirá essa inquietante designação: -"(...) à Laboreiro"?
Pois aqui vai, para vossa ilustração, a razão de tal mistério:
Esta receita é da autoria de um famoso "chef" português chamado Manuel Ferreira, que lá para os princípios da década de 30 do século passado, publicou uma obra designada: - «A Cozinha Ideal - Cozinha Pastelaria e Bar».
Nada solene ou intimidatório, o título, como podem ver! É contudo e pelo que pude saber, uma obra, ainda nos dias de hoje, de referência para todos os profissionais portugueses da deliciosa arte (ou pelo menos para os mais cultos!).
Bom! Para esclarecimento do nosso mistério diz-nos o "Chef" Manuel Ferreira, em nota que passo a citar: - «esta receita denominou-a o autor à Laboreiro, em homenagem a uma pessoa que não teve a honra de conhecer pessoalmente, mas que lhe disseram chamar-se Simão Laboreiro. Velho frequentador da Cervejaria Jansen, quando o autor era ali chefe de cozinha, aí pelos anos de 1920 e 1921, desde o dia em que, pela primeira vez, esse cliente comeu as lulas preparadas por este molho, lhes deu a sua preferência, pelo que, sempre que lá voltava, as pedia. Eis a razão por que o autor lhe dedica esta fórmula.»
Ora aqui está: - As lulas nada têm a ver com Castro Laboreiro; contudo, não deixa de ser um belo prato para celebrar o dia dos namorados! "Non bos parece"?
P.S: - O que é engraçado e tem mistério é o sobrenome do senhor Simão! Laboreiro? Só pode ser originário da nossa terra dizem os mais orgulhosos! Calma! Vou investigar e já vos direi algo.

11/02/09

"Os da Vila"

Ó Gente da "Bila":
- Venham por aqui e leiam isto! Mas tenham cuidado com a "possição" que assumem, isto porque, sem darem conta, ainda vos começam a nascer ventoinhas nas costas, coisa que, para extrair, é bem pior que um quisto! E, sobretudo se prezam o lustro dos sapatos e a vossa salubridade mental, evitem chafurdar na bosta!

Havendo qualquer dúvida sobre o teor de tão elucidativos textos, não percam tempo com o truculento mensageiro! Vão à fonte! Perguntem ao "eólico" Presidente da Junta da Freguesia do Soajo!

01/02/09

Cavalinho no prado a comer...

Down Under-Men at Work-Dortmund 1983 (Live)

Alguém se lembra?

Duvido!

24/01/09

Respirar ar puro


Castro Laboreiro na edição on-line do Jornal de Notícias de 24/01/2009.

23/01/09

A Birra do Defensor


Sejamos claros, objectivos e rigorosos: - Defensor Moura foi e é o melhor Presidente da Câmara que Viana do Castelo teve desde, pelo menos, o 25 de Abrl de 1974. Quem não seja comprometido politicamente e tenha o mínimo de ombridade e honestidade intelectual facilmente o reconhece. Por isso mesmo, por ser um Presidente de Câmara inteligente, proactivo, assertivo, não é fácil de entender a "birra" que criou à volta da integração do Município de Viana na Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima!
Reduzida ao essencial, a questão traduz-se no seguinte: - Para melhor aplicar os financiamentos provenientes da União Europeia e que se encontram inscritos no chamado QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) o Governo ditou que os 308 municípios portugueses tinham de se integrar em Comunidades Intermunicipais, o que, diga-se em abono da verdade, faz todo o sentido, na medida em que grande parte dos projectos e investimentos que podem recorrer aos ditos financiamentos, serão, naturalmente, transmunicipais.
Para tanto, em 27 de Agosto de 2008 a Lei n.º 45/2008, estabeleceu o regime jurídico do associativismo municipal, associativismo esse que passa por vária formas, designadamente, pelas chamadas Comunidades Intermunicipais. Sobre estas, e entre outras coisa, dispõe o referido diploma legal que o Conselho Executivo é formado pelos Presidentes das Câmaras do Municípios integrantes que elegem entre si um Presidente e dois Vice-Presidentes.
Pois é neste ponto onde dói ao Dr. Moura. Segundo ele a representação neste órgão executivo deveria ser proporcional à população de cada Município, o que como facilmente se vê colocaria Viana numa posição dominante relativamente aos outros concelhos do distrito, uma vez que em termos demográficos nenhum deles se aproxima sequer aos calcanhares de Viana. Assim como está, a cada Município corresponde um voto e por isso mesmo será necessária que todos colaborem de forma franca e aberta e se atinjam consensos sobre os investimentos a fazer no distrito; sendo que quanto mais unidos e colaborantes se mostrarem, melhor será, não só para a boa gente que vive no concelho de Viana como para todos os outros residentes nos concelhos do Alto-Minho.
Para quem pense que a tese do Dr. Moura, faz algum sentido ou possui alguma utilidade, basta atentar neste facto: - Dos 308 municípios do país nenhum deles encontrou qualquer entrave nesta questão da representatividade no Conselho Executivo das CIM! Nenhum à excepção de Viana! Nem os grandes municípios de Lisboa e Porto, nem os municípios de média/alta dimensão como Braga ou Aveiro se puseram a espingardar que os pobres coitados de Baião, Amares ou Ílhavo não merecem a mesma representatividade no dito órgão! "Nenhunzinho"! O único e orgulhosamente só, foi mesmo o Dr. Moura, que pensa que os Melgacenses ou os Courenses não são gente que mereça mandar tanto como os Vianenses. É uma tese egoísta e ensimesmada a do Dr. Moura, e mesmo anacrónica neste tempo em que cada vez mais os valores da união e da solidariedade são determinantes para enfrentar um futuro cada vez mais incerto.
Bom! Em função disto o Dr. Moura, convicto da razoabilidade da sua tese operou de forma a que a Assembleia Municipal de Viana deliberasse no sentido de não aprovar a integração do Município na CIM (Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima), entretanto constituída pelos restantes Municípios do Distrito. Vai daí, a oposição na Assembleia Municipal, julgo que terá sido o PSD, propôs a realização de um referendo municipal por forma a que os Vianenses, directamente, escolhessem se pretendem ou não integrar a CIM. O Dr. Moura aceitou o referendo mas fez "birra" dizendo que se os Vianenses optassem pela integração ele se demitiria da Presidência da Câmara.
Este referendo vai realizar-se no próximo domingo dia 25 de Janeiro e a posição favorável à integração tem sido defendida por um Movimento de Cidadãos Vianenses que criaram uma plataforma designada Naturalmente CIM, por via da qual têm dinamizado uma campanha cuja a palavra de ordem é "SIM É NATURAL".
Eu não sou Vianense, sou Castrejo e como tal Melgacense, nasci e criei-me numa das terras mais ásperas do Distrito de Viana e embora já não resida há muitos anos na minha querida terra natal, nunca ninguém ouviu nem ouvirá da minha boca outra resposta à pergunta "donde és?", que não seja: -Sou de Castro Laboreiro, sou do Alto Minho.
E é como todo esse orgulho de ser Alto-Minhoto, com a consciência plena de que quando estou em qualquer aldeia, vila ou cidade dessa nossa terra amada, me sinto na minha pátria priomordial, rodeado pela minha gente, que daqui, deste meu modesto Blog, faço dois despretensiosos apelos:
- O primeiro, a todos os meus amigos Vianenses (que são uns privilegiados pois habitam na cidade mais bonita de Portugal!) para votarem SIM, porque é mesmo Natural!
-Ao Dr. Defensor Moura, para que, caso ganhe o SIM no referendo, reconsidere a sua posição e não se demita, pois como comecei por dizer não tenho a menor dúvida que é um dos melhores, mais probos e diligentes autarcas portugueses e por isso a sua demissão não só lesaria profundamente os interesses de Viana como da própria Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima.

21/01/09

Telefonei pra Tóquio só pra te ouvir cantar


João Aguardela (1969-2009)

Morre-se sempre um pouco, quando morrem as pessoas que nos fizeram sentir felizes.

Adeus João. Até mais ver.

14/01/09

Gaza?

Dirty Harry. Gorillaz

04/01/09

Estrada para Castro Laboreiro

Estrada da Montanha. Madredeus e a Banda Cósmica.

«(...) o azul profundo do mar (...)» é que talvez acabe por não bater certo!?

Num tempo em que somos, cada vez mais, uma colónia cultural anglo-saxónica, é um privilégio poder ouvir, ver e usufruir, uma canção como esta, que, tão simplesmente, contém em si mesma toda a beleza e singularidade do "universo" português: - De Castro Laboreiro a Cabo Verde, passando pela Baía de Luanda ou pela Ilha de Moçambique e, daí, até às mais rebuscadas esquinas do mundo...

Uma verdadeira e inestimável jóia portuguesa!